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Meningite: Pará registra 164 casos em 2025; vacina é medida mais eficaz contra a doença

Publicada em 20/05/25 às 11:26h - 4 visualizações

por Rádio Nativa FM 92.5 Irituia


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 (Foto: Rádio Nativa FM 92.5 Irituia)

De janeiro até abril de 2025, foram confirmados 164 casos de meningite, de diversos tipos, no Pará. Em abril de 2025 foram 18 casos de meningites. No mesmo período do ano passado foram 41 casos. Já em 2024, foram confirmados 119 casos de diversos tipos. As informações são da Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa), de acordo com o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan Net).

A Sespa informa que a principal forma de prevenir a meningite, especialmente a bacteriana, é por meio da vacinação, que representa a medida mais eficaz contra a doença. Além disso, pode ser realizado tratamento preventivo após a confirmação de um caso, para evitar a transmissão secundária entre pessoas que tiveram contato com o paciente. Práticas de higiene pessoal, como a lavagem das mãos e a higiene do ambiente, também são importantes para reduzir o risco de transmissão. Outras medidas incluem: não compartilhar objetos de uso pessoal, como escovas de dente, talheres; usar máscaras em caso de surtos ou epidemias, que ajudam a reduzir a transmissão por gotículas; e evitar alimentos contaminados.

A Sespa também informou que segue monitorando os casos por meio da vigilância epidemiológica, com ações de prevenção, investigação e orientação aos municípios. E reforça que é fundamental manter a vacinação em dia, seguir as medidas de higiene e procurar atendimento médico em caso de suspeita da doença.

Na semana passada, uma professora da escola Latif Jatene, em Castanhal, nordeste do Pará, foi diagnosticada com meningite. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), a docente está internada no Hospital Barros Barreto, em Belém, e a especificidade da doença não foi atestada.

 

Médico infectologista detalha a doença

O médico infectologista Alessandre Guimarães explicou que meningite é o nome dado à inflamação das meninges, que são as membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Essa inflamação é causada por micro-organismos como bactérias, vírus e fungos. Os tipos mais comuns são: meningite bacteriana (causada por bactérias); meningite viral (causada por vírus); meningite fúngica (causada por fungos).

Também pode haver casos mais raros de meningite causada por parasitas ou até como reação a medicamentos. As meningites mais comuns (bacteriana e viral) são transmitidas por gotículas de saliva eliminadas quando a pessoa fala, tosse ou espirra. Essas gotículas carregam os agentes infecciosos e podem infectar pessoas próximas.

Outros tipos, como os causados por fungos ou tuberculose, geralmente afetam pessoas com o sistema imunológico enfraquecido. Quando o corpo está saudável, esses agentes costumam ficar “adormecidos”. Mas, se a imunidade estiver baixa, eles podem se desenvolver e causar doenças como meningite tuberculosa e meningite criptocócica (causada por fungo), explicou ainda o médico infectologista Alessandre Guimarães.

Exemplo: a meningite fúngica pode ser transmitida pela inalação de partículas de fungo presentes em fezes secas de pombos ou morcegos. Ao varrer locais onde há essas fezes, a poeira levantada pode conter os fungos, e respirá-la pode levar à infecção. Por isso, não é recomendado varrer esse tipo de área sem proteção adequada, afirmou o especialista.

Os sintomas variam de acordo com a idade. Em bebês, pode aparecer um choro diferente, mais forte ou inconsolável. Isso acontece porque, ao ser embalado, o movimento pode piorar a dor de cabeça causada pela meningite, deixando o bebê ainda mais incomodado. Esse tipo de choro “estranho” é um sinal importante.

Em crianças maiores e adultos, os sintomas clássicos são: febre alta, que aparece de repente; dor de cabeça muito forte; vômito em jato, sem náusea antes (diferente de problemas no estômago, que geralmente causam enjoo antes do vômito).

 

Importante atentar para uma tríade de sintomas

O médico infectologista Alessandre Guimarães informou que essa tríade de sintomas (febre alta, dor de cabeça intensa e vômito em jato) deve servir como alerta. Se uma pessoa apresentar esses sinais, deve procurar atendimento médico imediato. Ele explicou que a principal forma de prevenção é manter a vacinação em dia, especialmente em crianças. Além das vacinas oferecidas gratuitamente pelo SUS, existe a vacina contra o meningococo B, disponível em clínicas particulares, que também é recomendada.

Pais e professores devem ficar atentos a sinais nas crianças, como choro incomum; dor de cabeça forte; vômitos repentinos; febre alta do nada. Se notar esses sinais, a criança deve ser levada imediatamente ao médico. Pessoas que tiveram contato próximo com o paciente também podem precisar de quimioprofilaxia (uso de medicamentos para prevenir a infecção).

O médico infectologista Alessandre Guimarães disse que as vacinas são muito eficazes e estão disponíveis na rede pública para os tipos mais comuns de meningite, como os causados pelo meningococo e o Haemophilus influenzae tipo b (Hib). A única exceção é a vacina contra o meningococo B, que só está disponível na rede privada. O diagnóstico é feito por meio da punção lombar, um exame onde é retirado um pouco do líquido da medula espinhal (líquido cefalorraquidiano) para análise.

Sobre o tratamento, depende da causa: se for bacteriana, usa-se antibiótico; se for por tuberculose, usa-se medicação específica para tuberculose; se for por fungo, o tratamento é com antifúngicos; se for por parasita, o tratamento é com medicamentos antiparasitários. O infectologista também explicou o que fazer se tive contato com alguém com meningite. Segundo ele, só é considerado contato próximo quem convive diretamente com a pessoa doente, como familiares, colegas de quarto, ou quem teve contato direto com saliva (como beijo, compartilhar copos ou talheres, ou conversar muito próximo).

Nesses casos, pode ser necessário tomar antibióticos preventivos. A equipe de vigilância epidemiológica entra em contato com essas pessoas para orientar sobre a necessidade da quimioprofilaxia. Não é necessário que todos em um local (como uma escola) tomem remédio. A avaliação é feita caso a caso, e só os contactantes mais próximos recebem o tratamento preventivo.

 

Fonte: Dilson Pimentel e Eva Pires/OLiberal





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