No período de janeiro a abril de 2025, as micro e pequenas empresas foram responsáveis por 16.443 contratações no estado do Pará, liderando os números na região Norte. Os dados foram compilados pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Pará (Sebrae-PA), a pedido do DIÁRIO, com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. Só em abril foram 5.389 novos postos de trabalho criados pelos micro e pequenos empreendimentos.
O setor de serviços foi o que mais empregou pessoas no primeiro quadrimestre de 2025, correspondendo a 6.927 oportunidades. Em seguida está o comércio, com 4.169 postos; construção civil, com 2.958 e indústria, com 1.578 vagas ocupadas. No ano em que Belém recebe a COP30, as oportunidades ganham fôlego.
“Os pequenos negócios são responsáveis por 89% dos empregos e correspondem a mais de 90% das empresas em nosso estado. Os números evidenciam que esses empreendedores geram um grande impacto positivo na nossa economia”, pontua o diretor-superintendente do Sebrae-PA, Rubens Magno.
As atividades econômicas que movimentaram o estado nos últimos meses foram: montagem de instalações industriais e de estruturas metálicas; comércio varejista de produtos farmacêuticos para uso humano e veterinário; comércio varejista de ferragens, madeira e materiais de construção; educação (ensino infantil e fundamental) além da construção de obras de arte especiais.
O superintendente do Sebrae no Pará frisa que “é impossível pensar em inovação e sustentabilidade sem a inclusão dos pequenos negócios”. Para ele, a COP da Amazônia “será uma grande vitrine para os pequenos negócios e para destacar o seu papel essencial na agenda de transição climática”.
Para os empreendedores, a expectativa é usar essa vitrine para alavancar os ganhos e gerar novas oportunidades para os paraenses. Bruno Borges, por exemplo, é dono da “Amazônia Aventura”, micro empresa que tem como foco o turismo de aventura no Pará e no Amapá. A unidade de Belém fica localizada no Parque Estadual do Utinga e oferece trilhas, caminhadas e passeios dentro do espaço.
“Estávamos na fila há muito tempo esperando um grande evento como esse e chegou a nossa hora”, brincou. “Há um potencial enorme, não só pelo evento em si, que dura 14 dias, mas o legado que fica, inclusive com as benfeitorias que estão sendo realizadas na cidade”.
Um dos funcionários da empresa é o condutor de turismo Daniel Neris, 31. Ele trabalha no Parque há seis anos e desde o anúncio da Conferência, tem percebido um aumento de demanda. “Desde o início do ano já começou a bombar. A demanda de trilhas e passeios particulares aumentou e na COP deve aumentar muito mais”.
A alta procura também sinaliza uma oportunidade para a efetivação de temporários, como Lucas Silveira, 29. “Vai ser a chance de mostrar nosso serviço e nosso trabalho. Vamos dar nosso melhor na COP para continuar trabalhando depois”.
Capacitação
Fonte: Igor Pereira/Diário do Pará/DOL