O ministro do turismo, Celso Sabino, afirmou que o Governo Federal está próximo de resolver o principal impasse em torno da realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30): a oferta e o custo da hospedagem. O evento acontecerá em novembro de 2025, em Belém e, segundo Sabino, o tema das estadias tem sido tratado como prioridade em reuniões estratégicas.
“Estamos trabalhando para vencer os obstáculos que ainda existem à terralização da COP. A questão dos meios de hospedagem tem sido palco de grandes e importantes reuniões aqui em Brasília. Acredito que nós já estamos em vias de superar mais esse obstáculo para que a COP 30 seja um grande sucesso em todos os aspectos”, declarou.
Intervenção do governo no preço da hospedagem
Uma das propostas do Governo Federal para evitar preços abusivos durante o evento foi a criação de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com empresários do setor, que foi divulgado no dia 24 de abril durante uma reunião em Belém. A medida visa viabilizar o acesso dos visitantes da COP à estadias, já que muitos corretores ou donos de imóveis estavam cobrando valores exacerbados por elas.
Ainda como resultado da reunião, foi proposta a criação de um Grupo de Trabalho local dedicado à temática, com foco na preparação para a inclusão dos imóveis em uma plataforma oficial de hospedagem que será coordenada pela empresa Bnetwork.
A Bnetwork já atuou em edições anteriores da COP, como em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, e em Baku, no Azerbaijão. A plataforma irá reunir no ambiente virtual os leitos disponíveis em hotéis e imóveis particulares na capital paraense, e também ligará às reservas de navios. A ferramenta permitirá que os participantes consultem opções, comparem preços e localizações, e façam reservas com segurança e praticidade.
Entretanto, a liberação do serviço está condicionada à conclusão do processo de inventário da capacidade de hospedagem da cidade, que está sendo realizado em parceria com o governo local e com o setor de turismo.
De acordo com Fernando Soares, assessor jurídico da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, Belém contava anteriormente com cerca de 6 mil leitos, chegando a 24 mil ao considerar a região metropolitana até Castanhal. Com a construção de dez novos empreendimentos e a chegada de navios de cruzeiro, esse número poderá ultrapassar 40 mil leitos.
Escolas e clubes também estão sendo preparados para funcionar como hospedagens populares durante o evento, e ainda há delegações que estão negociando diretamente com moradores locais para estadias em condomínios fechados.
Fonte: OLiberal