A capital paraense, Belém, que completa nesta sexta-feira, 12, 408 anos, registrou o menor índice de homicídios, registrados em cinco anos. Os dados apresentados pela Secretaria de Segurança Pública do Pará (Segup) apontam uma queda de 73,32% no crime, quando comparado com a realidade de 2018, quando a capital apresentava uma taxa de 56,94% mortes por 100 mil habitantes.
O indicador atual apresentou uma queda de 15,19%, contabilizando menos de 200 homicídios registrados ao longo do ano de 2023. Essa mudança é fruto de um trabalho ostensivo realizado pelo Governo do Pará, por meio da Segup, aliada a políticas públicas desenvolvidas por meio dos Territórios Pela Paz - o TerPaz.
Os dados apresentados pela Segup, por meio da Secretaria Adjunta de Inteligência e Análise Criminal (Siac), aponta uma redução histórica nos números registrados em Belém, o que muda uma realidade de anos atrás, quando a capital figurava entre as 12 cidades mais violentas do mundo, e ainda, como a cidade mais violenta do país, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Atualmente, Belém, superou os números negativos, e em estudos mais recentes consta em ranking como uma das sete cidades mais seguras do Brasil.
"Quando iniciamos nossa gestão, Belém apresentava índices altíssimos de criminalidade o que fazia dela uma das cidades mais violentas do mundo, constando em rankings de estudos nacionais e internacionais. Após cinco anos de um trabalho ostensivo, integrado e aliado a um estudo elaborado pelas nossas agências de inteligência, conseguimos mudar essa realidade e tornar a nossa cidade uma das sete melhores para se viver, segundo estudos mais atualizados. Essa é uma conquista importante, que nos mostra que as estratégias voltadas às ações ostensivas e preventivas, aliadas às políticas públicas bem sucedidas e fortes investimentos, são o norte para fazer segurança pública de qualidade e em benefício da população”, pontuou o Secretário de Segurança Pública do Estado, Ualame Machado.
Números
De 2017 e 2018, Belém registrou o quantitativo de 877 e 846, respectivamente totalizando 1.723 homicídios em dois anos. Já no ano de 2022, esse número caiu para 245 homicídios, enquanto que no ano de 2023, essa redução foi ainda mais significativa, computado 198 homicídios no período de janeiro a dezembro. Os números representam uma queda de 73,32% nos indicadores do crime somente na Capital do estado.
As reduções também se comprovam nos números da criminalidade violenta e nos roubos na capital do Estado. Os Crimes Violentos Letais e Intencionais (CVLI), os que englobam homicídio, latrocínio e lesão corporal seguida de morte, apresentaram uma redução de 76% nos últimos cinco anos, quando foram registrados 911 casos no ano de 2018 e 215 casos em 2023. Quanto ao crime de roubo, a Capital atingiu uma redução de 58,50% nesses cinco anos de gestão.
"Podemos perceber uma constância na redução da criminalidade na nossa Capital, que em cinco anos de gestão conseguimos reduzir em mais de 50% a criminalidade, o que nos mostra a assertividade na nossa estratégia de segurança que dentre elas envolve a forte presença da polícia nas ruas, em especial nos pontos vistos como os de maior mancha criminal", disse o titular da Segup.
TER PAZ
Dentre as ações realizadas pela Segurança Pública para impactar positivamente no combate à criminalidade em Belém, foi desenvolvido, por meio do Governo do Estado, o projeto Territórios Pela Paz - o Ter Paz visando a diminuição da vulnerabilidade social e o enfrentamento da violência, a partir da articulação de ações de segurança pública e de cidadania, inicialmente executadas em sete bairros da Grande Belém: Guamá, Jurunas/Condor, Terra Firme, Bengui e Cabanagem , Icuí (Ananindeua) e Marituba, escolhidos a partir de uma análise e mapeamento dos principais pontos da mancha criminal, no ano de 2019 quando os trabalhos de choque operacional, nesses territórios, foram intensificados pelas forças de segurança do estado. Hoje o projeto está em expansão para outras cidades do estado, a exemplo de Parauapebas e Canaã dos Carajás.
Atualmente estes bairros possuem as Usinas da Paz, onde são reunidos diversos tipos de serviços sociais, como: educação, saúde e cidadania, todos oferecidos à população desses bairros que antes sofriam com a criminalidade violenta, afetando a rotina dessas comunidades.
Fonte: Mauro Neto com informações da Agência Pará/DOL