Um homem encontrado na ilha de Trambioca, em Barcarena, nordeste paraense, pode ser o 66º sobrevivente do naufrágio da lancha Dona Lourdes II, ocorrido no último dia 8, próximo à ilha de Cotijuba, em Belém. A embarcação partiu de Cachoeira do Arari, pegou passageiros em Salvaterra, ambas cidades no arquipélago do Marajó, e seguia para a capital paraense.
Até a manhã desta segunda-feira (12), a Secretaria de Estado de Segurança Pública do Pará (Segup) contabilizava 22 mortes nesta tragédia. As buscas por desaparecidos foram retomadas às 5h de hoje, entrando, portanto, no terceiro dia de operação. No total, 9 embarcações dos órgãos de segurança do estado,1 helicóptero do Graesp, duas embarcações e uma aeronave da Marinha são usadas para localizar as vítimas.
Ontem (11), um corpo do sexo masculino foi encontrado no interior da embarcação, que continua no fundo da baía de Marajó. Porém, a retirada e a remoção do cadáver foi feita somente na manhã de hoje. O corpo está no Instituto Médico Legal (IML), em Belém, onde passa por exames necroscópicos e identificação por familiares.
Das 22 vítimas localizadas e resgatadas, 13 são mulheres, 06 homens e 03 crianças. Quinze vítimas foram levadas para o Marajó, 05 entregues aos familiares em Belém, e uma ainda está no IML.
Desaparecidos
De acordo com a Segup, apenas uma pessoa continua desaparecida. Este dado é com base no reclame (denuncia) de familiares por desaparecidos.
Sobreviventes
Até ontem 65 pessoas tinham sobrevivido ao naufrágio. No entanto, um homem - identificado inicialmente como Sebastião dos Santos Cardoso, de 52 anos - foi encontrado em Barcarena e alega ser um dos sobreviventes da tragédia. Os órgãos do sistema de Segurança Pública investigam o caso. Se confirmado que ele estava mesmo na lancha, ele será o sobrevivente de número 66.
Sebastião foi encontrado numa das praias da ilha de Trambioca e levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Vila dos Cabanos, em Barcarena. Ele sofreu um trauma na cabeça, por isso foi encaminhado para um hospital. O homem disse ser de Salvaterra e perdeu tudo no naufrágio, inclusive os documentos pessoais.
Investigações
A Polícia Civil segue investigando o caso por meio de um inquérito policial, com diligências para ouvir testemunhas e levantar mais informações sobre o ocorrido, inclusive, para localizar os responsáveis pela embarcação.
SERVIÇO:
Os familiares de pessoas desaparecidas podem procurar o Grupamento Fluvial (Gflu), na Av. Arthur Bernardes, Nº 1000 (Ao lado do CIIR). No local, também estão pertences das vítimas encontrados pelas equipes de buscas.
Contatos podem ser feitos também pelo telefone da Defesa Civil do Estado do Pará, no número (91) 98899-6323.
Fonte: Segup e Portal Carlos Baía/DOL