O candidato às eleições da Federação Paraense de Futebol (FPF) e, agora, ex-presidente da entidade, Adelcio Torres, se pronunciou sobre a escolha de Graciete Maués, presidente da Tuna, para comandar interinamente a federação nas próximas semanas. Em conversa com a equipe de O Liberal, Adelcio disse que ele próprio convidou Graciete para o cargo. A medida, segundo ele, foi tomada com base no estatuto da FPF, com objetivo de sanar problemas jurídicos.
"Eu tenho um parecer da CBF que me dá o direito de ficar no cargo até a eleição. Acontece que existia uma questão de vacancia no cargo. Juridicamente, eu não poderia assinar nenhum documento como presidente. Como nós temos o Parazão começando e precisávamos assinar contratos com a Funtelpa e o Banpará, achei prudente chamar a presidente da Tuna para ser presidente interina", explicou Adelcio.
Segundo ele, a decisão foi administrativa e não contou com interferências judiciais ou de demais membros da Federação. No entanto, ele afirma que a decisão se apoiou no artigo 22 do estatudo da FPF.
"Ela é a presidente do clube mais antigo vinculado à Federação. Em caso de vacancia, a convocação dela já estava prevista em nosso estatuto. No entanto, chamar ela agora foi uma decisão minha", disse Adelcio.
De acordo com o ex-presidente, caso Graciete não aceitasse o convite, seria convocado o presidente do segundo clube mais antigo ligado à Federação, no caso o Remo. "Caso ela recusasse, quem assumiria seria o Fábio Bentes. Como ela aceitou, e é uma pessoa democrática, sabemos que será uma presidente imparcial e deve conduzir bem às nossas eleições", afirmou.
Graciete Maués deve tomar posse como presidente interina na segunda-feira (24), às 15h. O mandato interino deve durar por, no mínimo, um mês, ou até a realização de novas eleições para o cargo.
Fonte: Caio Maia/OLiberal