O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seção Pará, Eduardo Imbiriba, afirmou à reportagem de O Liberal, na noite desta quarta-feira (19), que a instituição está acompanhando o desenrolar das investigações sobre o caso do advogado Leonardo Felipe Giuni Bahia, que matou a própria mãe a facadas, na última terça-feira (18), no bairro da Batista Campos, em Belém.
“Desde o início que a instituição teve conhecimento do fato envolvendo o profissional da advocacia, nós designamos um representante da Comissão de Prerrogativas, que se deslocou de imediato para a Divisão de Homicídios. Lá chegando, acompanhou todo o procedimento flagrancial que estava sendo lavrado em desfavor do cidadão que, supostamente, cometeu o fato delituoso”, detalhou Eduardo Imbiriba.
Ele esclareceu que a função da OAB-PA, em situações dessa natureza, é “somente acompanhar o advogado na lavratura do procedimento policial e zelar pela prerrogativa que ele tem, de ficar custodiado em uma sala de estado maior, ou seja, não ficar em uma cela comum dentro do estabelecimento prisional e, sim, numa sala de acordo com o que determina uma lei federal”, explicou.
“Esse foi o trabalho que a Ordem dos Advogados do Brasil fez no início do procedimento policial, tendo em vista que ainda tem uma investigação em curso, onde a autoridade policial vai colher todos os indícios de autoria e materialidade, vai esperar o pronunciamento da perícia, no que se refere ao levantamento de local de crime, ao exame de necropsia, a questão do exame de corpo de delito, tendo em vista que também existe uma vítima de tentativa de homicídio”, afirmou.
“Vamos aguardar, agora, toda essa coleta de provas que é feita pela Polícia Civil”, acrescentou Imbiriba, ao reforçar que a instituição não faz nenhum juízo de valor em relação ao caso, uma vez que o suspeito não estava no exercício da profissão quando cometeu o crime. Sendo assim, fica a Ordem sendo responsável apenas por garantir as prerrogativas que Leonardo Felipe Giuni Bahia tem direito.
Ana Laura Carvalho / O Liberal