Em julho deste ano, o Pará teve 49% o número de focos de calor, em comparação ao mesmo período de 2020. A informação é do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), após análise da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas).
Conforme o levantamento, o Pará registrou 1.372 focos de queimada, contra 2.687 ocorrências registradas em julho de 2020. O estado contribuiu com 16,7% do total de focos registrados pelos estados no bioma amazônico em julho deste ano, e no mesmo período do ano passado, com 25,3%.
A tabela de variação mensal do quantitativo de focos de queimadas de janeiro até julho de 2021, elaborado pelo Núcleo de Hidrometeorologia, da Semas, com dados do Inpe, apresenta no mês de janeiro 248 focos; fevereiro com 272; março, 248; abril com 55; em maio foram 190; no mês de junho ocorreram 424 focos de queimadas e em julho 1.372.
A Semas usa dados da plataforma ASM (Sala de Situação da Amazônia), construída a partir das demandas contínuas apresentadas pela secretaria ao Inpe, por diagnósticos mais detalhados do processo de desmatamento em território paraense, corte seletivo e mineração.
Recente, a Semas firmou um Acordo de Cooperação Técnica com o programa "Servir Amazônia", no qual a Nasa (National Aeronautics and Space Administration), Agência Governamental dos Estados Unidos, é um dos parceiros. O programa visa a capacitar servidores para utilização das ferramentais tecnológicas mais avançadas para detectar focos de incêndio no Pará.
Servidores da Semas participaram de capacitação, no âmbito do Projeto Queimadas, do Inpe. O trabalho serviu para aperfeiçoar o trabalho com dados, qualificando as informações, para atuação do corpo técnico da instituição, no controle das queimadas no Estado; e ainda subsidiando a atuação da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e dos munícipios, para as ações práticas de prevenção e de combate às queimadas no Pará.
O Núcleo de Hidrometeorologia localiza e analisa os focos das queimadas, acionando, quando necessário, as frentes estaduais e municipais para controle dos focos. As propriedades que apresentem queima ilegal são autuadas pela Diretoria de Fiscalização Ambiental (Difisc), que lavra as infrações in loco, respaldada pelo Centro Integrado de Monitoramento Ambiental (Cimam), que fornece as localizações, por monitoramento remoto, de imagens de satélite.
Fonte: OLiberal